Reflexões...

Tenho refletido muito sobre mim e cheguei à conclusão que a minha vida sempre foi muito mais mão única do que mão dupla, e eu tive prazer com isso. É meio esquisito falar, mais acredito que a medida de doação superou, em todas as minhas relações, muito mais do que recebi. Amizades, relações amorosas, ralação de trabalho... sempre assim; doação e compreensão. E nunca havia chegado a esse consenso. E até as pessoas se convencionaram a isso. Daí vem a bendita lei da atração: você tem tudo aquilo que atrai.

É terrível alguém viver rodeada de gente quando está passando por uma fase in ou tem algo a oferecer. Porque as pessoas levam mais do que dão? Porque eu permito, oras! Não adianta bancar a vítima, isso é errado e pronto! Essa minha conclusão deu-se após escrever as coisas que me fazem bem e as que não gosto. Percebi que grande parte do que me apraz, está ligado a entrega aos outros. Não admiro o egoísmo mas, venhamos e convenhamos, só é respeitado quem se dar o respeito. Quem dar tudo o que tem, termina vazio e eu muitas vezes cometi essa injustiça. Acho que faço isso para estar politicamente correta... olha como a nossa cabeça pode ser o nosso maior inimigo, né? Aceitar tudo passivamente, não ter voz altiva... isso realmente não me levou a lugar algum. Só ao vazio.

Vou citar um exemplo que evidencia o que digo... acredite; eu não sei ganhar presentes! Minha mãe diz que desde criança sou assim: quando ganhava algo especial, simplesmente não ligava a mínima, não fazia festa, era tão comum! Não cuidava com medo de perder, naaadaaa! Isso tá errado!!! Agoraaa... presentear... hummm... é um prazer inenarrável!  Desde sair para escolher, até o momento em que entrego o presente... é tão mágico.

O engraçado nisso tudo é que a maioria das pessoas que me conhecem dizem: “poxaaa... seria tão bom se no mundo existissem muitas pessoas como você!”...quanta contradição! Hahahaa... Bom pra quem???

Tenho uma série de defeitos (é bem verdade), mas todos estão equiparados com os meus predicados. Já venci cada batalha fervorosa, enfrentei barras homéricas! Coisas que poderiam fazer qualquer um cair e não mais levantar (sem beber.. hahaha) e ficar profundamente descrente do seu próximo. E eu continuo rente e sorridente.

Porém , mesmo com tantos intempéries, tenho algo a me orgulhar nesse momento: estou sabendo lidar direitinho com os instantes em que estou só. Talvez a uns dois anos atrás fosse um problemão para mim, porque eu tinha pânico disso (talvez para não ficar sozinha comigo mesmo e não ter que admitir essas coisas). Hoje, percebo que a dona soidão é necessária e que nem é mal... são momentos como agora que me fazem refletir sobre mim.

Hoje, meu maior inimigo é a minha imagem que teima em desafiar, olho no espelho e entristeço, não aceito essa imagem refletida. E devo admitir que somente Deus , meu marido, minha mãe, minhas filhas e minha prima encontram-se ao meu lado. Noutro dia, conversando com prima, ela tocou nesse assunto: o quanto eu sempre me doei e quis agradar para ser bem quista (ela se refere assim: “comprou suas amizades”... hehehe... é feio mais é a mais pura verdade).  Olha eu falando em você novamente, prima... eu te amo demais, viu?

Tenho certeza que eu não reconheço direito o meu valor. É como se a vida do outro tivesse uma importância bem maior que a minha.. affff.... é tão desconfortável admitir !!!

Bom, nunca é tarde para aprimorar o que está intrínseco. O reconhecimento já é o primeiro passo para mudanças e eu vou mudar isso.

Brigadão blogão! Você é o meu companheiro de reflexão!!! (ihhh... até deu rima... doidona, eu... hahaha)

Beijos para vocês que tem paciência em ler o que escrevo!