Entrar na emergência de vários hospitais particulares, com uma sra. de 68 anos nos braços, chorando de dor, que não consegue nem sentar-se, com os dois rins comprometidos (prestes a fazer hemodiálise). Ser atendida após muuuuuito tempo de espera (mesmo quando o local está vazio!), presenciando o descaso no semblante do médico, descaso no atendimento de enfermeiros e auxiliares, me fez lembrar o que despertou a depressão na época em que trabalhava numa instituição de saúde. Eu não suportei ver o sofrimento de tantos, e ter como aliados apenas meia dúzia de pessoas, que procuravam fazer a diferença.
Quando trabalhei em hospital, sempre pensei que a vida humana não tem preço e quem lá está, não é à toa (salvo poucos hipocondríacos, que não deixam de ser doentes).
O hospital não é um shopping em que o indivíduo busca a diversão!!! São seres humanos, necessitando de diagnósticos humanos, não de máquinas frias e insensíveis!!!
Olhando pela ótica comercial, o prestador de serviço está ali para dar o melhor do seu serviço, fidelizar os clientes/ pacientes mantendo-os satisfeitos. É interessante para a instituição que eles voltem (quando preciso for) e divulguem o trabalho para atender o maior contigente de pessoas possíveis.
Tenho percebido que, ao invés do hospital se preparar para atender o paciente, é o paciente quem se prepara psicologicamente para ir ao hospital. O doente fica rezando para encontrar uma boa equipe de profissionais humanizados, cuidadosos, que aliviem efetivamente as dores, o que é a proposta mais inteligível de estar num hospital.
Como trabalhei na área, já vi de tudo: vi médicos com problemas pessoais descarregando em todos, principalmente no paciente... já vi pirracinha de atendente em colocar a ficha de internamento por último por ter discutido com familiar; já vi enfermeira aborrecida com paciente "pitiático" e, mesmo com prescrição de medicamento na mão, dizer que o médico ainda não a encaminhou, só pra o paciente sentir um pouco mais de dor... enfim... absurdos e mais absurdos.
Acredito que os prestadores de serviço na área de saúde, deveriam ter acompanhamento psicológico constante. Durante a minha jornada, poucos profissionais não tinham problemas aparentes desta ordem.
Ser mal remunerado, estar "dobrando de plantão", não gostar do que faz... nada justifica tamanho descaso ou maldade de alguns. Se você é profissional e age assim; é melhor que você não esteja ali! Não atue, não clinique, não cuide de doentes!!! Procure exercer uma outra profissão onde não tenha que lidar com pessoas, muito menos com a saúde delas. Você também está doente e precisa se tratar.
"De tanto ver triunfar as nulidades;
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça.
De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra
e a ter vergonha de ser honesto."
Ruy Barbosa
Saúde..nem deviam usar esta palavra.
ResponderExcluirTodo o sistema está doente.
Muito doente.
beijo lindona
Penso que seja uma desuminização dos profissionais, pois tentam se afastar dos pacientes para não sofrer, contundo não precisar se distanciar tanto...
ResponderExcluirFique com Deus, menina Fadinha.
Um abraço.
Amiga, entendo perfeitamente sua decepção, também trabalho na rede pública de saúde e saí de uma unidade por não suportar assistir tão de perto isso.
ResponderExcluirBeijos no coração!!!
Flávia, senti na carne o que é o descaso nos hospitais, mesmo os pagos.
ResponderExcluirHá 5 anos sofri uma fratura tripla no punho direito. Operei, coloquei 8 pinos atravessando o osso. E não me deram nem um lisador para quando passasse o efeito da anestesia. Passei uma noite inteira rezando para desmaiar, tal era a dor de tortura que sentia. E todos os senhores profissionais que me atenderam diziam que não podiam dar nada, pois não tinha sido prescrito pelo médico. Foram 12 horas de agonia.
Pela manhã, uma das enfermeiras de plantão me telefonou em prantos, da casa dela, pedindo perdão por não poder ter feito nada.
Realmente, nos sentimos menos que um objeto nessas horas.
Só mesmo Deus para proteger. Porque dos médicos, salvo raríssimas exceções, não se pode esperar quase nada.
Beijo grande
OI AMIGA EU NÃO PODIA DEIXAR DE VIM AQUI AGRADECER TODO SEU CARINHO COMIGO E LHE DIZER QUE REALMENTE PEQUENOS GESTOS NÃO TEM PREÇO: FICO FELIZ EM SABER QUE TENHO AMIGOS MESMOS DISTANTE QUE SEMPRE TEM UMA PALAVRA CARINHOSA NA HORA CERTA. OBRIGADA POR TUDO LINDA E COMO SEMPRE PARABENS PELA BELA POSTAGEN.FIQUE COM DEUS.
ResponderExcluirQue horror Flavia ,é revoltante... Dá vontade de bater na cara dessa gente!
ResponderExcluirOi amiga lindaaaa!!!!
ResponderExcluirPassando pra desejar uma ótima semanaaaa!!!!
Bjs!
KD Elfo?
Oi amiga, o ponto crucial de qualquer profissão é: AMAR o que faz. Se vc não ama seu trabalho, como pode faze-lo bem?
ResponderExcluirVc sabe que trabalho em hospital, canso de ver os exemplos que vc citou e muitos outros, afinal, trabalho na rede pública, o que é bem mais complicado.
Eu amo minha profissão, sinto prazer em ajudar um ser humano a sentir-se melhor, mas muita gente está ali apenas pelo salário no final do mês.
É isso, querida.
Bjs e fique com Deus.
Nossa, lendo esses casos que você presenciou em hospital ate me arrepiei, por mais que sei da sua existência, as vezes me impacta perceber a capacidade de crueldade do ser humano!!!
ResponderExcluirFlavia querida, a sua mensagem la no blog me emocionou muito,li e reli umas 10 vezes..rs, nessas horas penso o quanto vale a pena ter um blog!
Seja super bem vinda e fico feliz por voce ter resolvido participar dessa vez.(Ficou com medo que fosse minha ultima postagem por causa do furacão..rsrs?).
Beijocas!!
Oi Fadinha,
ResponderExcluirTodo profissional da saúde deveria, em primeiro lugar, amar e prezar pelo bem estar das pessoas.
Infelizmente, a rotina, stress e talvez o salário acaba deixando essas pessoas indiferentes ao sofrimento alheio, o que é muito ruim...
Abraços!!
Amigaa como nós pensamos parecido!
ResponderExcluirAcho exatamente isso, se o profissional não tem condições de estar ali pra cuidar de gente, que não esteja!
Eu vejo tantos (des)casos que até perdi a fé na saúde pública, =/
Meninaaa quer dizer que teu Marelo leu o que meu Amarelo escreveu? MORRI três vezes! rsrsrs
Que fofooooooooooo!
Nossa eu tbm sinto como se te conhecesse há tempos! E Carnaval na Bahia? AAAAA eu querooooooooo!! VOu convidar Edu! Se Deus quiser até lá ele já estará melhor!
Beijos, beijossss
Não sou vacilona viu?
ResponderExcluirhahahahahaha
Só lerda
hahahahahaha vaca também
hahahahaahaha
beijooo amigona
quero som!
Das Vantagens de Ser Bobo - ADORO!! Está entre os meus preferidos tbm, certeza!
ResponderExcluir"É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo".
Clarice, magnífica!!!
Beijão gandão, como diz o Amarelo! E sim, estou fazendo o possível pra só ter pensamentos positivos!
oieee.. voltei...
ResponderExcluirNossaaa... eu sei bem o que é isso viu? eu passei por isso aqui em São Paulo... mesmo tendo plano de saúde, quase morri aqui quando precisei de atendimento! mas, enfim... espero mesmo que um dia isso melhore!!
bjinhos
«a honra com vergonha de ser honesta!»__ lapidar!!!
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirVi um comentário seu no blog do Alexandre, fiquei curiosa e vim espiar. Chegando aqui me encantei com o seu cantinho.
Já virei fã seguidora, viu?
Abraços
Lia
Blog Reticências...
http://liaks25.blogspot.com/
Minha amiga,
ResponderExcluirHá uma falta de respeito pela dignidade humana generalizada nesta sociedade. Isso se mostra mais evidente nas circunstâncias de atendimento de saúde, como muito bem referes no teu excelente texto.
Acredito que os médicos e enfermeiros deveriam ter formação em psicologia nos currículos dos seus cursos para poderem entender que estão a lidar com pessoas que se encontram numa situação que as fragiliza emocionalmente. Concordo contigo que todo esse pessoal hospitalar e clínico deveria ter uma rotina de assistência psicológica para poderem manter um equilíbrio emocional que lhes permitisse não descarregar sobre os pacientes os seus próprios desaires da vida.
Fiquei chocado com os exemplos de mesquinhez por ti testemunhados. Uma coisa é imaginarmos que uma coisa talvez se passe assim, outra coisa é verificar que na verdade as coisas correspondem aos nossos maiores receios.
Abraços