Começar de novo

Quando o inevitável fim chega, devemos desatar as amarras, folgar os nós, agradecer por ter conseguido terminar uma jornada.
Temos a estranha mania de sofrer quando findamos algo, como se tudo fosse estático! Na verdade, esquecemos que ele sim, é inevitável... pois tudo o que tem começo, certamente haverá um fim.
Mostrar a bravura de saber findar também é uma vitória!
Por mais difícil que seja compreender, o fim é sempre o início de um novo ciclo, de novas esperanças e novos aprendizados.
Alavancar um começo é a premissa de novas conquistas. Adiar o fim é prorrogar o sofrimento. Devemos encarar as lágrimas da dor como uma enxorrada que serve para lavar a alma.
Tirar os sapatos, fincar os pés no chão, repor as energias, dar-se uma nova chance... caminhar com as próprias pernas, levando consigo lembranças e coragem para trilhar um novo caminho, sedento de vitórias e aquisições.
Alçar altos vôos, sem temer, sendo dono da própria rédea, beber em águas límpidas, reciclar o caderno da vida e escrever uma página com cheiro de papel novo.
O inusitado pode até assustar, mas é imprescindível... como aprender novas lições estudando em livros antigos, lidos, relidos e incompletos por estarem rasgados?
A transitoriedade da existência, necessita de movimentos cíclicos para acontecer. Portento, vamos abrir as portas para o [re]começo, [re]acender as sentelhas doravante apagadas, [re]afirmar nossa potencialidade, [re]paginar a nossa história!
Libertar-se de resquícios do passado é [re]descobrir a amplitude da vida, com a sabedoria de estar apto a [re]construir.

Dedicado a um coração ímpar, por que não dizer uma grandiosa guerreira do cotidiano, que nunca pára de lutar, não se deixa abater e com coragem enfrenta todas as agruras para vivenciar o amor. Se for este um [re]começo, que venha a te fazer melhor.

Você também é mais um presente que a vida me ofertou através desse blog!